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2 de setembro de 2025Em um cenário econômico desafiador, marcado por inflação instável, crédito seletivo e concorrência acirrada, as pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras têm buscado formas mais inteligentes de tomar decisões.
Um dos caminhos mais promissores é a análise detalhada dos próprios gastos operacionais, do pagamento de fornecedores ao reembolso de funcionários. O que antes era apenas uma atividade burocrática de controle de caixa, hoje se torna insumo valioso para o crescimento estratégico.
Segundo o Sebrae, mais de 99% das empresas no Brasil são de pequeno ou médio porte, e juntas respondem por cerca de 30% do PIB nacional. Esse universo, que movimenta trilhões anualmente, ainda enfrenta gargalos históricos na gestão financeira: 4 em cada 10 empreendedores não separam finanças pessoais e empresariais, o que prejudica a saúde dos negócios, conforme apontado em pesquisa do próprio Sebrae.
No entanto, esse cenário vem mudando. Com o avanço das contas digitais voltadas para o público jurídico, como a Conta PJ, investimentos empresariais, tornou-se mais acessível organizar, rastrear e interpretar dados financeiros em tempo real.
Para muitas empresas, o primeiro passo é centralizar os pagamentos e despesas recorrentes em uma conta única, eliminando a informalidade e gerando histórico confiável para futuras decisões.
Do controle ao crescimento
Ter acesso facilitado aos dados de entrada e saída, em um sistema automatizado, permite que o empreendedor não apenas controle o fluxo de caixa, mas identifique padrões, gargalos e oportunidades. Ao visualizar que determinado tipo de despesa cresceu 18% no trimestre, por exemplo, é possível tomar decisões corretivas rápidas, seja renegociando contratos, seja ajustando preços.
De acordo com estudo do Banco Mundial, pequenas empresas que adotam práticas de gestão financeira baseadas em dados têm 40% mais chances de crescer de forma sustentável em três anos, em comparação com aquelas que atuam de maneira informal. O acesso a relatórios detalhados, dashboards simplificados e integração com ferramentas contábeis já faz parte do cotidiano de milhares de PMEs brasileiras.
Na conta PJ, por exemplo, os clientes conseguem visualizar em poucos cliques onde estão os principais centros de custo do negócio. Pagamentos de tributos, fornecedores, salários e transferências são categorizados automaticamente, facilitando análises de sazonalidade e projeções de orçamento.
Além disso, a conta oferece funcionalidades como emissão de boletos, cartões empresariais, gestão de PIX e integração com ERPs. Isso significa que o empreendedor pode ter, em uma única plataforma, todo o controle do que antes exigia planilhas complexas ou múltiplos aplicativos.
Investimentos mais seguros com base em dados
Com maior previsibilidade sobre suas finanças, o empreendedor consegue tomar decisões mais estratégicas, como contratar uma nova equipe, abrir uma filial ou investir em marketing. De acordo com levantamento da Deloitte, 52% das PMEs que conseguiram expandir entre 2021 e 2023 basearam suas decisões em dados internos de performance financeira.
Isso também tem impacto direto na relação com instituições financeiras. Empresas que mantêm histórico organizado de movimentações conseguem melhores condições de crédito, taxas mais atrativas e maior agilidade na aprovação de financiamentos. O uso de contas digitais com relatórios automáticos ajuda a construir essa reputação financeira com mais rapidez.
Cultura de dados: o novo diferencial competitivo
Mais do que uma questão tecnológica, a análise de despesas se tornou uma questão de cultura empresarial. Equipes que entendem os impactos financeiros de suas ações (como departamentos de compras, logística ou recursos humanos) tendem a colaborar mais ativamente para a sustentabilidade da empresa.
Um relatório da McKinsey mostra que empresas que democratizam o acesso a dados financeiros entre os líderes das áreas crescem até 25% mais rápido que seus concorrentes, já que as decisões passam a ser baseadas em resultados reais e não apenas em intuições.
O que vem pela frente
O uso de dados para gestão financeira deixou de ser uma vantagem competitiva e passou a ser requisito de sobrevivência. Em um mercado em constante transformação, saber exatamente quanto se gasta, por que se gasta e como isso impacta o negócio é o que diferencia empresas resilientes de negócios frágeis.
Para 2025, especialistas apontam um aumento no uso de inteligência artificial para previsão de despesas, recomendações automáticas de corte de gastos e integração entre bancos digitais e plataformas de planejamento estratégico.