No cenário atual, em que as empresas são cada vez mais digitais, os dados assumiram uma posição de extrema importância. Nessa digitalização do mercado, os dados deixaram de ser fonte de informação e passaram a ser o núcleo de tomadas de decisões e novas estratégias rumo ao futuro das empresas.

Com essa nova posição assumida pelos dados, surge uma nova forma de organização empresarial com uma estrutura e uma arquitetura centrada nos dados, também chamada de data-centric. Essa nova arquitetura vem se tornando essencial para o desempenho eficiente das organizações. 

Mas o que é arquitetura centrada em dados?

Podemos dizer que a arquitetura centrada em dados é uma forma de estruturação de negócios que coloca os dados como elemento principal da infraestrutura das empresas. Assim, a tecnologia e aplicações são construídas e desenvolvidas em torno desses dados.

Para simplificar, atualmente, a maioria das empresas é catalogada como data-driven, ou seja, elas são focadas em desenvolver habilidades e ferramentas para coletar e analisar dados, para tomar melhores decisões.

Já a arquitetura centrada em dados considera que essas informações são o principal ativo das empresas e que deve ser eliminada a necessidade de mover os dados entre sistemas antigos e novos e sim manter esse conteúdo e aplicativos corporativos funcionando sempre enquanto a nova tecnologia é desenvolvida em torno deles.

Como implementar a arquitetura centrada em dados em uma empresa

Em teoria, seria mais simples implementar uma arquitetura centrada em dados em uma empresa desde o início de suas atividades, mas essa não é a realidade da grande maioria das empresas. Essas já lidam com diversas aplicações, sistemas e ferramentas que podem ter anos de funcionamento, sem falar em fusões entre empresas ou mesmo aquisições, fundir sistemas diferentes gera um cenário de dados muito confuso e complexo, e muitas vezes dados preciosos podem ser extraviados ou perdidos nessa migração.

Tomemos o exemplo de uma companhia viária que recentemente se fundiu com outra, pode acontecer de ambas as empresas possuírem sistemas de controle de frota totalmente diferentes com métodos de input e de armazenamento que não se conversam. 

Aí entra a nova arquitetura de dados, aliada com um forte setor de TI que deve mapear os dados das duas companhias, suas fontes, seus diversos formatos e etc, a fim de organizar esses dados e definir a infraestrutura de modo que esteja de acordo com a nova estrutura empresarial adotada sem perder nenhum bit de informação. Promover políticas, procedimentos, padrões, metodologias ajuda a implementar a arquitetura centrada de forma mais eficiente e com menos resistência. 

A vantagem de adotar esse tipo de estrutura é a sua unificação. Uma arquitetura unificada libera todo o potencial dos dados obtidos. Em vez de criar departamentos com múltiplas infraestruturas independentes, uma estrutura unificada torna o fluxo contínuo, o que diminui a dificuldade de acesso e análises.

Outro ponto importante é a agilidade, principalmente quando se trata da integração desses dados com uma IA que exige acesso em tempo real, como por exemplo um assistente digital para auxiliar os usuários a comprar suas passagens. Com uma arquitetura unificada a resposta é mais ágil e mais otimizada, exigindo menos processamento por parte da IA.

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