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18 de maio de 2021Já percebeu que algumas marcas nos atraem, e com outras, ficamos indiferentes? Por isso, branding e publicidade são pontos muito importantes para serem trabalhados logo na abertura da empresa.
Existe uma força que nos conecta, criamos uma afinidade que é difícil de entender. Sentimos proximidade e confiança.
O que nos atrai para algumas marcas e por que mostramos lealdade a elas? Autenticidade! E para ser autêntica, a marca precisa ter uma personalidade e uma voz.
As marcas de hoje são cada vez mais definidas por suas interações e relacionamentos, e os clientes estão exigindo maior responsabilidade e integridade das empresas. Por isso, a forma como sua marca se comunica dentro e fora da Internet é o ponto de contato mais importante da empresa.
A aplicação dos fenômenos da sabedoria arquetípica possibilitam uma maneira mais autêntica, holística e humana de estar nos negócios. Quando diferenciação, lealdade e sustentabilidade dos resultados financeiros importam, os arquétipos importam.
Os arquétipos foram desenvolvidos por Carl Gustav Jung, que “entendeu os arquétipos como imagens e padrões arcaicos universais que derivam do inconsciente coletivo e são a contraparte psíquica do instinto. Eles herdaram potencialidades que são atualizadas quando entram na consciência como imagens ou se manifestam em comportamento na interação com o mundo exterior.”
Para definir aspectos como o arquétipo e ir além, desenvolvendo práticas de comportamento e posicionamento de marca, é importante entender quais são os principais deles e como cada um vem sendo usado por grandes nomes no mercado.
Neste post, vamos falar sobre o assunto a partir dos seguintes tópicos:
- O que é uma marca?
- O que é arquétipo de marca?
- Quais são os 12 arquétipos de marca?
- Aplicando arquétipos Storytelling
O que é uma marca?
Uma marca é um grupo de elementos que identificam uma empresa e a distinguem da concorrência. Isso pode incluir logo, cores e slogan.
Com as redes sociais, as marcas estão se tornando cada vez mais complexas. O que antes era apenas um esquema de cores, agora evoluiu para uma personalidade com um espectro completo de emoções, peculiaridades, defeitos e fraquezas. Em suma, uma marca é a personificação de uma empresa. Por isso os arquétipos de marca são tão importantes.
Seu conteúdo precisa ser instantaneamente reconhecível, útil e relevante para seu público e refletir os valores da sua marca. A clareza da marca o ajudará a concentrar seus esforços.
Existem duas razões principais para alinhar sua marca a um arquétipo:
Conexão
A maioria das marcas está na luta para oferecer os melhores benefícios e preços. Se você não deseja que sua marca se torne uma commodity, precisa fazer uma conexão mais profunda com seu público.
Pense em uma pessoa de personalidade forte e em outra que não se posiciona ou tem traços misteriosos muito fortes.
Qual das duas tem maiores chances de ser lembrada, associada ou mencionada ao assistir a um filme, ver algum produto ou até mesmo com conversar com alguém?
Com toda certeza, é aquela que apresenta características mais marcantes ou, até mesmo, trabalha melhor o seu personal branding.
O mesmo acontece com marcas. Aquelas que não se posicionam ou tentam abraçar uma série de causas ao mesmo tempo, só que de maneira superficial, dificilmente serão lembradas em meio a processos decisivos.
Por isso é preciso investir em visão, valores e no arquétipo, que reúne todos esses pilares em um recorte específico.
Além de gerar reconhecimento de marca e se destacar no mercado, são criadas pontes de conexão genuínas entre a oferta do produto e o recebimento da mensagem pelo consumidor.
Diferenciação
Quando trabalhamos a diferenciação por meio de personalidade, temos infinitas possibilidades. Somos não apenas únicos, mas memoráveis.
De acordo com o professor Gerald Zaltman, 95% das nossas decisões de compra são tomadas no subconsciente. Isso significa que as marcas com uma forte personalidade que se conectam em um nível emocional ao seu público têm uma enorme vantagem sobre a concorrência.
Pense em grandes empresas que se destacam nos seus nichos de atuação. Ao comprar uma bolsa da Chanel, você não está pagando apenas por um saco de tecido que guarda objetos.
Existe uma essência, toda uma construção do que é ter um bem de consumo daqueles e como isso reflete no dia a dia do consumidor.
O mesmo acontece com o Starbucks, por exemplo: por que não comprar o café da lanchonete da esquina e recorrer a uma empresa que vende a mesma bebida por muitos reais a mais?
A lista é extensa e os exemplos podem ser substituídos por centenas de outras marcas que construíram uma personalidade tão forte ao ponto de venderem um estilo de vida.
Os arquétipos, então, existem justamente para fortalecer essa essência e criar ofertas que vão além da simples necessidade de ter algo, mirando no desejo, implicações sociais e gatilhos emocionais que envolvem o ato de realizar compras específicas.
Além disso, o impacto dos arquétipos em uma sociedade cada vez mais exigente é real.
As pessoas estão se cansando de discursos rasos e disfarçados com hipocrisia quando, no fundo, o único desejo da marca é gerar vendas e lucrar em cima do seu público.
Por isso, existe um esforço geral na hora de se comunicar. A proposta de valor é um pilar responsável por gerar identificação do público que, por sua vez, busca por marcas com propósito.
E o que é arquétipo de marca?
O arquétipo de marca é um conjunto de padrões responsáveis por criar traços de personalidade, valores, visão de mundo e crenças de uma organização. A partir de 12 tipos, conseguimos categorizar grandes marcas e entender como elas se posicionam em relação a si mesmas e ao mercado em que estão.
Arquétipo de marca vem do grego: archein é “original” e typos “padrão, tipo”. Sendo assim, conhecemos o arquétipo enquanto um padrão responsável por moldar pessoas, objetos, conceitos e criações de forma geral.
Quem desenvolveu a teoria foi o psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung, que também fundou a psicologia analítica e traçou o conceito de inconsciente coletivo.
De acordo com o estudioso, esse inconsciente seria uma espécie de união de materiais herdados (passados de geração para geração) contendo traços comuns a todas as pessoas.
Jung acreditava que os arquétipos representavam as principais motivações básicas do ser humano — valores, premissas, traços de personalidade e crenças gerais seriam divididas em aproximadamente 12 tipos que, por sua vez, eram difundidos ao redor do mundo.
Eles, por sua vez, seriam fundamentais para a experiência e evolução do ser humano, além de provocar emoções e gerar conexões entre um indivíduo e outro.
A maioria das pessoas têm vários arquétipos em jogo na construção de sua personalidade. No entanto, um arquétipo tende a dominar a personalidade em geral.
Quais são os 12 arquétipos de marca?
Existem 12 arquétipos clássicos. Eles cobrem todo o espectro, desde aqueles que transmitem conforto aos outros até aqueles que criam entusiasmo. Escolher o arquétipo certo para o seu negócio é essencial.
Depois de aprender sobre os arquétipos de marca e como eles são poderosos para melhorar a relação entre uma empresa e o seu consumidor, é hora de descobrir mais sobre eles.
- O Inocente;
- O Sábio;
- O Herói;
- O Rebelde;
- O Explorador;
- O Mago;
- A Pessoa Comum;
- O Amante;
- O Bobo;
- O Cuidador;
- O Criador;
- O Governante.
Selecionamos os principais arquétipos de marca para que você consiga entender o conceito e implicações práticas em uma estratégia de marketing.
O Inocente
Conforme o nome já adianta, o inocente é aquele que inspira pureza, simplicidade e positividade em relação a si mesmo e ao mundo.
Objetivo: Ser feliz;
Características: Esforça-se para ser bom, é puro, jovem, otimista, simples, moral, romântico, leal;
Desvantagem: Pode ser ingênuo ou chato;
Nicho de marketing: Empresas com valores fortes, vistas como confiáveis e honestas, associadas com moralidade, boas virtudes, simplicidade, pode ser nostálgico;
Exemplo: Dove, Coca-Cola, Neve;
Ele enxerga as coisas de forma simples e acredita que grandes soluções podem ser encontradas quando lidamos com questões de forma descomplicada.
Outras características marcantes na personalidade são autenticidade, espontaneidade e transparência na tomada de decisões.
Um dos melhores exemplos é a Dove, empresa de produtos para higiene pessoal.
Seja nas campanhas publicitárias, nas peças institucionais ou até mesmo nas embalagens, percebemos a inocência do arquétipo de pureza — o posicionamento vai de encontro com soluções descomplicadas para valorizar todos os tipos de beleza.
Em seu site oficial, logo percebemos o seguinte trecho: “a beleza não é definida por formas, tamanho ou cor, mas trata-se de sentir-se como a melhor versão de si mesma. Autêntica. Única. Verdadeira”.
A campanha “Escolha Bonita” estimulou o empoderamento de mulheres ao redor de todo o mundo. Ela ilustrou a forma que muitas pessoas se enxergavam — negativamente — e como simples mudanças podem transformar a autoestima.
O digital branding da marca é muito bem trabalhado e, por mais que as campanhas da Dove sejam diferentes e apresentem novidades, sua personalidade já é conhecida pelo público.
O Cara Comum
Também pode ser conhecido como “a pessoa comum” ou “the girl/boy next door”. Seu principal objetivo é se inserir de forma efetiva na sociedade, ou seja, percebemos que esse arquétipo tem afinidade com rotina e não se importa em ser mais um dentre vários.
Objetivo: pertencer ou se conectar com os outros;
Características: pé no chão, solidário, fiel, amigável, pessoa ao lado, conecta-se com os outros;
Desvantagem: pode faltar uma identidade distinta e se misturar a muitos;
Nichos de marketing: toque comum, virtudes sólidas, dá um sentimento de pertencimento;
Exemplo: Leroy Merlin, eBay, Dpaschoal;
Não existem fórmulas mágicas de sucesso ou grandes promessas: a eficiência é alcançada de forma prática, factível, democrática e acessível.
O desejo de pertencimento é grande, e muitas marcas estão investindo nessas características para aumentar os níveis de humanização e engajamento.
Um bom artifício para se transformar mais no “cara comum” é o trabalho com o marketing de influência.
Percebemos, nas propagandas da Havaianas, um padrão interessante dos personagens: mesmo com a presença de atores famosos, eles são representados como “pessoas comuns”, como eu e você, dando um passeio na praia ou se encontrando com os amigos.
A linguagem é acessível e desperta sentimentos de que o espectador facilmente poderia ser aquela pessoa vivendo aqueles impasses — solucionados pela marca.
O Herói
Avançando nos principais arquétipos de marca, encontramos o herói. Destinado a mudar o mundo, esforçado, corajoso e bem “sangue nos olhos”, esse perfil é altamente produtivo e está pronto para encarar qualquer desafio que surja em seu caminho.
Objetivo: Ajuda a melhorar o mundo;
Traços: Corajoso, ousado, honrado, confiante, inspirado forte;
Desvantagem: Poderia ser arrogante ou indiferente;
Nicho de marketing: Deixe uma marca positiva no mundo, resolver os principais problemas ou ativar / inspirar outros a fazê-lo;
Exemplo: Nike, BMW, Duracell;
Nas ações publicitárias, você vai reparar na maioria das vezes um certo ar de que com o devido esforço e dedicação, tudo é possível.
A superação de falhas do cotidiano é vista de maneira muito forte como forma de vencer no final: heróis não se deixam abalar com respostas negativas ou processos que caminharam contra o previsto.
É impossível não pensar na Nike como uma das principais marcas que reforçam esse arquétipo. Seja nas produções em vídeo ou nas imagens que estampam lojas, e-commerce, outdoors e redes sociais, existe uma sensação de esforço, dedicação e muito suor envolvido.
A força é muito bem retratada de formas sutis, mas, ao mesmo tempo, muito impactantes. Um dos principais artifícios é o uso de “modelos da vida real” — como atletas ou figuras de superação — em meio a alguma atividade física ou com um semblante inspirador.
A própria assinatura da marca, “Just do it” — “Apenas faça” em português — representa muito bem a visão de que tudo é possível com o devido esforço e vontade de chegar lá.
O Rebelde
Ele também pode ser reconhecido enquanto rebelde, inquieto e pronto para quebrar barreiras do cotidiano.
Objetivo: quebrar as regras e lutar contra a autoridade;
Características: Rebelde, iconoclasta, selvagem, abrindo caminho para a mudança;
Desvantagem: Pode ir longe demais e ser visto de forma negativa;
Nicho de marketing: Agente de mudança, defensor dos desprivilegiados, permite que as pessoas desabafar ou romper com as convenções;
Exemplo: Harley-Davidson, Virgin, Uber;
A sensação de incômodo em relação à sociedade, processos enraizados e burocracia faz com que o Rebelde seja capaz de revolucionar o que está ao seu alcance.
Esse “espírito de bad boy” permite que as marcas envolvidas nesse arquétipo sejam vistas como fora do seu tempo, disruptivas e inovadoras.
Um exemplo mais óbvio de marca Rebelde é a Harley Davidson, mas hoje vamos dar destaque para a Apple, gigante da tecnologia que teve como um dos grandes idealizadores Steve Jobs.
Em 1976, o mundo ainda não havia sentido nem um pouco do gostinho da transformação digital. Muito pelo contrário — as tecnologias da época ainda eram pouco funcionais e seguiam por um rumo óbvio, muitas vezes conservador.
A Apple foi uma das empresas responsáveis por transformar a forma em que o mundo via aparelhos eletrônicos como o computador pessoal, eliminando barreiras e abrindo espaço para um mercado que revolucionou a sociedade.
Nas redes sociais da marca, vemos um feed com conteúdos que fogem do óbvio. Você não verá uma série de iPhones ou computadores, mas sim conteúdos com um ar selvagem, aventureiro e totalmente fora da curva.
O Explorador
Conforme o nome já adianta, o explorador carrega consigo uma grande vontade de descobrir o mundo, suas novidades, não se prender a amarras da sociedade e se desprender do tédio do dia a dia.
Objetivo : encontra realização por meio de descobertas e novas experiências;
Características: Inquieto, aventureiro, ambicioso, individualista, independente, pioneiro;
Desvantagem: Pode não se enquadrar no convencional;
Nicho de marketing: Emocionante, arriscado, autêntico;
Exemplo: Jeep, The North Face, Amazon;
A ambição é uma das principais características desse arquétipo, que preza pela liberdade e acredita que grandes sensações como a felicidade e plenitude na vida pode ser conquistada a partir de pequenas quebras na rotina: só basta querer!
A Land Rover é um grande exemplo de marca que trabalha muito bem com essas características.
Ao observar sua página oficial do Instagram, percebemos carros sempre em movimento, em paisagens selvagens — quase como se estivessem enfrentando obstáculos ao passar pelos caminhos.
Os conteúdos convidam o leitor a se desafiar, fugir do tradicional, se permitindo viver momentos incríveis e desafiadores.
O Criador
O criador é engenhoso, cheio de criatividade e não sossega até que encontre novos projetos interessantes. Tem traços artísticos e deseja deixar a sua marca no mundo, gosta de compartilhar conhecimento e valoriza qualquer ideia: mesmo que pareça boba, ela é especial.
Objetivo: Criar algo com significado e valor duradouro;
Características: Criativo, imaginativo, artístico, inventivo, empreendedor, não-conformista;
Desvantagem: Pode ser perfeccionista ou impraticável ;
Nicho de marketing: Visionário, ajudar os clientes a expressar ou criar e estimular sua imaginação;
Exemplo: Lego, Faber Castell, You Tube;
A Lego é um ótimo exemplo de marca criadora. A partir dos bloquinhos, é possível mergulhar em um mundo de infinitas possibilidades, trabalhando com traços criativos e eliminando barreiras.
O Governante
O Governante se posiciona como um líder nato. Confortável em meio a grandes multidões, tem facilidade de se expressar e conta com grande poder persuasivo.
Objetivo: Controlar, criar ordem a partir do caos;
Características: Líder, responsável, organizado, modelo de papel, administrador;
Desvantagem: Pode faltar uma conexão comum ou ser muito autoritário ou controlador ;
Nicho de marketing: ajudar as pessoas a se tornarem mais organizadas, restaurar a ordem, criar mais estabilidade e segurança em um mundo caótico;
Exemplo: Microsoft, Rolex, Mercedes-Benz;
O carisma é percebido com frequência, mas quando preciso ele não deixa de investir em aspectos como a autoridade e força no discurso.
Com essa capacidade de unir um grupo de pessoas específicas, cria-se uma comunidade em torno do produto ou serviço da marca. De forma restrita, quem conquista o seu lugar é visto de forma superior aos demais.
Um dos grandes pontos que envolvem o governante é a sensação de status, poder, glamour e ostentação. Como não pensar na marca de relógios Rolex?
Perceba como o fundo das imagens valoriza o material dos produtos, obviamente algo que agrega muito valor e ressalta o fato dos relógios serem de qualidade excelente.
A marca cria identidade e personifica seu produto ao convidar figuras famosas — sua última ação foi feita com diretores de cinema — sempre posicionados com um ar de requinte e classe.
O Mago
O arquétipo do mago tem como pilar a transformação da realidade e do senso comum. Pode contar com um ar de mistério, improvisação, ironia, ilusão e — como o nome já adianta — muita magia.
Objetivo : Tornar os sonhos realidade, criar algo especial
Características: Visionário, carismático, imaginativo, idealista, espiritual
Desvantagem: Pode correr riscos que levam a resultados ruins
Nicho de marketing: ajudar as pessoas a transformar seu mundo, inspirar mudanças, expandir a consciência
Exemplo: Disney, Apple, Red Bull
Outras características importantes são a coragem, liberdade, inovação e criação de ideias disruptivas, que acabam sendo vistas como “loucas”.
Para exemplificar, existem inúmeras marcas que cumprem bem o papel do mago, mas uma das mais interessantes é a Red Bull. Suas redes sociais são compostas quase totalmente de vídeos de pessoas fazendo atividades bem fora da caixa:
A empresa promove campeonatos em que pessoas comuns têm que criar um dispositivo caseiro capaz de fazê-las voar por um período de tempo, até que caiam na água.
O resultado é um show de loucuras, criatividade e adrenalina.
O Amante
Por mais que o nome faça referência a um sentimento romântico, o ponto principal desse arquétipo não necessariamente envolve o amor, mas sim a personalização.
Objetivo: Criar intimidade, inspirar amor;
Características: Apaixonado, sensual, íntimo, romântico, afetuoso, comprometido, idealista;
Desvantagem: Pode ser muito altruísta ou não fundamentado o suficiente;
Nicho de marketing: ajudar as pessoas a se sentirem apreciadas, pertencer, conectar, desfrutar da intimidade, construir relacionamentos;
Exemplo: Victoria’s Secret, Lindt, Marie Claire, Chandon;
A sensação que fica é que aquela marca se entrega tanto ao cliente ao ponto de despertar prazer.
A característica que envolve os produtos ou serviços, então, é o limite de produção. Uma quantidade menor de pessoas terão acesso àquele bem, o que desperta o sentimento de exclusividade.
Quando pensamos nessa categoria, praticamente ouvimos as frases ditas em propagandas de perfume, sempre com um toque de sensualidade, ousadia e intimidade.
E a ideia é justamente essa: criar propagandas e peças publicitárias capazes de conversar diretamente com o espectador, como se fossem feitas para cada pessoa em específico que está assistindo.
Repare na forma em que a Dior cria o conteúdo: uma foto aparente simples desperta ares de beleza, sofisticação e até mesmo certo poder.
O Cuidador
No caso do cuidador, podemos esperar muito carinho e afetividade no posicionamento. A marca existe enquanto solução para promover uma vida melhor para os seus clientes, e não mede esforços para que isso seja feito.
Objetivo: Cuidar e proteger os outros;
Características: Carinhoso, maternal, amoroso, altruísta, generoso, compassivo;
Desvantagem: ser aproveitado, tomado como certo ou explorado;
Nicho de marketing: ajudar as pessoas a cuidar de si mesmas, servir o público por meio da saúde, programas educacionais ou de ajuda;
Exemplo: Knorr, Johnson & Johnson, Omo;
Sua meta é ajudar o próximo e a ideia de negar algo é fortemente desencorajada. As pessoas são colocadas como foco, assim como as necessidades da sociedade como um todo.
Por isso, é comum ver marcas do tipo se posicionando frente a assuntos pertinentes no mundo como guerras, doenças ou questões ambientais.
A instituição Médicos Sem Fronteiras é um dos melhores exemplos desse arquétipo. Ao visitar suas redes sociais, já percebemos a primeira prova: o foco dos conteúdos são pessoas, e tudo é feito de forma extremamente humanizada.
Uma campanha que ficou muito famosa é aquela que usa como trilha sonora a música “Everybody Hurts”: no horário nobre da televisão, éramos impactados uma ou mais vezes com o conteúdo, que valorizava a importância de contribuir com a causa e salvar vidas.
Perceba como, mais uma vez, o objeto central da peça é o ser humano e não a instituição de forma direta.
A ideia é despertar o telespectador para a causa, e não “se gabar” sobre a qualidade dos serviços ou aspectos institucionais como um todo.
O Bobo da corte
Aqui a ideia é se divertir. Despreocupados, engraçados e acessíveis, esse perfil é conhecido por fazer graça de si mesmo e ver a vida de forma muito tranquila.
Objetivo: levar alegria ao mundo;
Características: Divertimento, senso de humor, despreocupado, travesso, irreverente;
Desvantagem: Pode ser visto como frívolo ou desrespeitoso;
Nicho de marketing: ajudar as pessoas a se divertir ou desfrutar do que estão fazendo, permitir que as pessoas para ser mais impulsivo e espontâneo;
Exemplo: Netflix, Ben & Jerry’s, Doritos;
Marcas que trabalham com esse arquétipo têm como visão o fato de que viver é simples, basta colocar um sorriso no rosto e não “entrar na pilha” do cotidiano.
Não espere grandes posicionamentos ou ideias extremamente disruptivas. A chave, aqui, é conquistar um grupo de pessoas com a premissa de que eles serão aceitos independente de quem são.
Por isso, vemos marcas com produtos de acesso mais fácil se inserindo nesse formato. Afinal, a ideia não é segregar, mas sim aproximar.
Nesta propaganda, a marca de cerveja Skol acertou ao usar seu produto — de fácil acesso e consumido pela população brasileira de forma massiva — em uma ação lá em Paris.
O personagem leva a cerveja para vários destinos famosos ao redor do mundo, mas não promove nada do que se espera de uma campanha internacional: o resultado é muito humor e um conteúdo que gerou grande identificação por parte dos leitores.
Podemos perceber isso ao ler os comentários no próprio vídeo.
O Sábio
O arquétipo do sábio é responsável por estimular o aprendizado e valorizar o ato de “pensar”.
Objetivo: ajudar o mundo a obter sabedoria e percepção;
Características: Conhecimento, fonte confiável de informação, sabedoria e inteligência, pensativo, analítico, mentor, guru, consultor;
Desvantagem: Pode ser contemplativo demais ou opinativo;
Nicho de marketing: ajudar as pessoas a compreender melhor o mundo, forneça informações práticas e análises;
Exemplo: BBC, Google, Philips;
Fonte de sabedoria e grandes insights, acredita que compartilhar conhecimento é uma grande forma de entender o mundo e chegar até grandes lugares.
Sua personalidade, então, preza por estar sempre de olho nas principais tendências, estudos e materiais que possam melhorar o entendimento sobre assuntos diversos.
A ideia de mentoria ou consultoria pode ser vista na linguagem, elementos visuais e discursos como um todo.
O TEDx, que conta com centenas de versões espalhadas pelos 7 continentes, é grande exemplo de ação que ilustra o arquétipo.
Uma característica muito forte que permeia a essência dos conteúdos são as lições deixadas ao final de cada palestra.
Vale estudar também sobre o mercado de gestão de marcas para instituições de ensino, que contam com propostas de valor muito parecidas com o arquétipo da sabedoria.
Ou seja: além de aprender ou aprimorar conhecimento, você será capaz de entender como eles têm a capacidade de mudar a sua vida também.
Como usar o poder dos arquétipos?
O mais importante sobre arquétipos de marca é entender como eles vão além dos desejos de gerar lucratividade: a estratégia facilita na criação de personas, melhora a visão sobre o público de uma empresa e cria transparência em todos os processos.
Lembre-se sempre da proposta de valor!
Arquétipos de marca não são um conceito novo, mas definitivamente é subutilizado. Especialmente nos pequenos negócios. Enfim, com tanto barulho em qualquer mercado, apenas as marcas que se conectam em nível humano que atraem qualquer tipo de afeto.
Para se conectar no nível humano com uma personalidade humana e não há melhor estratégia que desenvolver uma personalidade humana que usa uma estrutura arquetípica desenvolvida para evocar desejos humanos.
Os arquétipos de marca são uma ferramenta para diferenciar sua marca, dar profundidade de personalidade e para conexão com seu público, para que eles comecem a sentir algo por você.
Sua marca deve contar uma história
Uma história de marca eficaz é intrigante e uma oportunidade de ser autêntico. Se sua marca não possui direção, identidade ou conexão humana com seu público, ela não é atraente.
Saiba quem é sua marca, o que ela representa e para onde está indo. Marcas que sabem para onde estão indo inspiram pessoas a seguir.
Conhecer os arquétipos de marca é uma coisa, mas saber como comunicar e manter seu marketing alinhado com a personalidade e a mensagem de marca é uma tarefa desafiadora.
Agora você já sabe mais um pouco sobre algumas estratégias e pode aplicar na sua marca, para torná-la um sucesso! Conhecendo os principais modelos comportamentais dos arquétipos, é possível compará-los e decidir qual é o que melhor representa o que você deseja transmitir em seu processo de branding.
Como você está se conectando com seu público? Como alinhar emoção e personalidade? Entre em contato conosco e vamos trabalhar juntos para tornar sua marca humana e memorável.
Queremos que cada empresa seja única no mundo!
Com nosso trabalho já ajudamos a criar valor e autenticidade para diversos negócios tornando-os mais lucrativos e duradouros.