
O impacto da inteligência artificial nas pequenas e médias empresas
13 de agosto de 2025Com a automação de processos e as análises feitas por inteligência artificial (IA), a formação oferecida por uma faculdade de administração ganha nova relevância. Cursos que ajudam a desenvolver competências em gestão de equipes, análises de cenários e tomada de decisões (as famosas Soft Skills) ganham ainda mais importância, uma vez que a tecnologia sozinha não entrega.
À medida que os dados se tornam mais acessíveis, organizações precisam de profissionais capazes de interpretá-los com senso crítico, empatia e visão estratégica para ambientes cada vez mais complexos.
Diversas pesquisas já revelam que, embora a IA tenha remodelado áreas de negócios, desde a logística até o atendimento ao cliente, ela não substitui a leitura de nuances e a visão de longo prazo dos humanos. Então fique conosco e entenda mais sobre gestão e inteligência artificial.
IA e liderança nos negócios
A incorporação de IA redefine a liderança e os processos corporativos, uma vez que ferramentas de análises preditivas permitem identificar padrões de comportamento e prever resultados, por exemplo. Entretanto, cabe ao humano decidir o que fazer com essas informações.
Empresas que entendem esta dinâmica conseguem:
- reduzir riscos, ao analisar múltiplos cenários antes de implementar mudanças;
- engajar times, ao comunicar decisões de forma transparente;
- conectar inovação tecnológica a propósitos claros de negócio.
Assim, este alinhamento fortalece a confiança de colaboradores e clientes, algo que nenhuma tecnologia pode substituir.
O equilíbrio entre dados e sensibilidade
Casos como o da PepsiCo exemplificam o potencial da IA quando combinada à liderança humana: a empresa utiliza algoritmos para prever interrupções na cadeia de suprimentos e ajustar processos com antecedência, gerando redução de custos e maior eficiência operacional.
O sucesso, porém, não se deve apenas à tecnologia. Ele foi possível graças a líderes que souberam identificar oportunidades e priorizar ações de valor em longo prazo.
Para Rasmus Hougaard e Jacqueline Carter, do Potential Project, a inteligência artificial pode inaugurar uma nova era para a liderança humana ao permitir que gestores se concentrem mais em relacionamentos e desenvolvimento de equipes. “Isso reforça que a tecnologia é um meio, e não um fim”, afirmam, em entrevista à Época Negócios.
Por que o fator humano continua sendo importante?
Seja no setor público ou privado, a tomada de decisões envolve mais que dados. Embora algoritmos ofereçam informações e ideias, é preciso interpretar cenários e entender seus impactos sociais e culturais, além do alinhamento aos valores organizacionais.
Por isso, entre as principais razões que explicam a importância humana, estão:
- pensamento crítico: nem todos os problemas podem ser traduzidos em números. Líderes precisam questionar os dados e buscar informações adicionais;
- empatia: a gestão de pessoas exige compreender motivações, desafios e necessidades de colaboradores, algo que a IA não consegue replicar;
- ética: a tecnologia pode sugerir caminhos eficientes, mas cabe ao humano avaliar riscos reputacionais e sociais.
Para integrar ferramentas inteligentes ao cotidiano, existe um plano que vai além da compra de softwares. Organizações que conseguem extrair valor da IA têm em comum práticas como:
- mapeamento de processos: identificar gargalos que podem ser resolvidos com automação, liberando profissionais para tarefas estratégicas;
- treinamento contínuo: capacitar equipes para interpretar dados e usar ferramentas de forma crítica;
- liderança adaptativa: gestores devem aprender a equilibrar decisões baseadas em dados com análises qualitativas;
- ética e governança: estabelecer políticas claras sobre o uso de IA, evitando vieses e impactos negativos em colaboradores e clientes.
A consultoria McKinsey aponta que empresas que conseguem alinhar tecnologia à visão de negócios alcançam resultados financeiros superiores. Isso porque o uso isolado de IA tende a gerar apenas ganhos pontuais, enquanto sua integração estratégica promove crescimento sustentável.
Soft skills como aliadas
As chamadas soft skills, que englobam habilidades de negociação, escuta ativa, colaboração e resiliência, são cada vez mais valorizadas em líderes e têm ganhado cada vez mais status de competências-chave.
Segundo levantamento do LinkedIn Workplace Learning Report 2024, mais de 90% dos executivos acreditam que o desenvolvimento destas competências é tão importante quanto o domínio técnico.
Isso significa que, mesmo com automação, organizações dependem de gestores capazes de motivar equipes e conduzir mudanças com segurança.
Formação acadêmica como diferencial competitivo
A formação em uma faculdade de administração prepara profissionais para lidar com dados, mas também a interpretar variáveis de mercado, liderar equipes e tomar decisões que considerem riscos e oportunidades.
Os cursos da área oferecem disciplinas sobre comportamento organizacional, ética corporativa e planejamento estratégico, que ajudam a equilibrar o olhar quantitativo e qualitativo.
O futuro da gestão
A era da inteligência artificial desafia organizações a equilibrar dados e intuição. Automatizar tarefas é fundamental para ganhar agilidade, mas decisões estratégicas continuam sendo responsabilidade de líderes com sensibilidade para interpretar contextos.
Dessa forma, com formações robustas, como as oferecidas por uma faculdade de administração, é possível desenvolver esta combinação. Ao unir competências analíticas e humanas, profissionais podem usar a tecnologia para ampliar seu impacto, em vez de serem substituídos por ela.